Paraíba, Paraíso!
Estamos passando uma curta temporada em João Pessoa com um bom amigo, que preciosidade.
Fora isso, uma poesia do dia 14:
Pazes (14/11/22)
Eu, que ando há algum tempo em busca de pazes –
de fazê-las, ou das que está-se em,
percebi na noite passada, em uma visão,
seu turbilhão violento.
Um terremoto é paz, guerra é paz,
tudo o que perturba o sistema é paz,
pois está previsto e comportado, em sua rebeldia, pela vida.
Que estranho.
O concreto que não o é, o constrito que não o é, e também o tirânico,
e também e hegemônico,
que não se sustenta.
A vida em movimento é que é paz, respirando
e morrendo,
descansando em paz.
Ontem eu vi o formato da paz – duas hastes brancas entrelaçadas e rotacionando. Cheguei a sentir seu cheiro,
mas desse agora já não lembro e posso apenas inventar
que lembrasse o cheiro da goiaba,
como tantas coisas lembram aqui na divisa do cerrado
com a mata atlântica.
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